A JBS levantou US$ 2,5 bilhões com a emissão de dois bonds com prazos de 10 e 30 anos.

A demanda foi robusta mesmo com uma avalanche de outras ofertas no mesmo dia por conta da reabertura do mercado internacional de dívida, depois do Labor Day nos EUA.

Ao longo do dia, foram precificadas 21 ofertas, que movimentaram US$ 38 bilhões. Para se ter uma ideia, hoje foi o dia mais movimentado do ano tanto em volume quanto em quantidade de deals no mercado de dívida internacional americano. 

Na emissão da JBS, a demanda pelo bond de 10 anos foi de US$ 4,4 bilhões — equivalente a 2,8 vezes o book. No de 30 anos, a demanda de US$ 2,9 bi superou a oferta em 3 vezes. 

O preço inicial do lançamento era um yield de 275 bps sobre o Treasury de mesmo vencimento para a de 10 anos e 310 bps sobre o Treasury para a de 30 anos. Como a demanda foi forte, os coordenadores conseguiram reduzir o yield para 250 bps sobre o Treasury (ou 6,7%) e 290 bps sobre o Treasury (ou 7,2%), respectivamente. 

Como a JBS tem investment grade e é extremamente ativa no mercado, ela não precisou fazer um roadshow: o anúncio e o pricing aconteceram no mesmo dia. 

Uma fonte a par do assunto disse que uma das estratégias da JBS foi ser um dos primeiros a sair com a oferta, dado que já era esperado um dia movimentado no mercado de dívida. 

A JBS não detalhou o uso dos recursos, mas disse que vai  pré-pagar dívidas. 

A última emissão de bonds da JBS aconteceu em setembro do ano passado, quando ela levantou US$ 2 bilhões com três emissões: uma com vencimento em 2028 e yield de 5,1%; outra com vencimento em 2033 e yield de 5,7%; e a terceira com vencimento em 2052 e yield de 6,5%. 

Os coordenadores foram Bank of America, BTG, Citi, Santander, BBVA, Bradesco, Mizuho, BMO, Barclays e Banco do Brasil.