O BNDES deve vender nas primeiras semanas de fevereiro seu lote de 10% das ações ordinárias da Petrobras, uma posição que a preços de hoje vale R$ 24 bilhões, de acordo com fontes ouvidas pelo Brazil Journal.  

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A expectativa é que o roadshow tenha início no fim de janeiro, com a definição no preço nas semanas seguintes, disseram as fontes. 

O banco de fomento definiu o Credit Suisse e o Bank of America Merrill Lynch como co-líderes da oferta, além de um sindicato que inclui ainda o Citi, Morgan Stanley, XP e Bradesco BBI. 

Se tudo der certo, aproximadamente na mesma época o BNDES deve estar no mercado com sua oferta de JBS, na qual o banco pretende vender metade de sua posição de 21,32% na empresa, numa transação que deve movimentar cerca de R$ 8 bi.

Num fim de ano atipicamente aquecido, o banco de fomento fechou esta semana a venda dos 33,7% que detinha na Marfrig por R$ 2,1 bilhões — no primeiro desinvestimento da gestão Gustavo Montezano via oferta de ações.

O BNDES tem cerca de R$ 120 bilhões em ações de empresas, e o objetivo de Montezano é emagrecer esse portfólio em cerca de 80% em três anos. 

No mercado, a expectativa é que, passada a oferta das ONs do BNDES, a Petrobras se volte para a venda de sua participação de 37,5% na BR Distribuidora, um ativo de R$ 10 bi a preços de hoje. 

Os bancos já têm sondado a empresa, que está disposta a fazer a operação. 

A grande questão é se o desinvestimento se dará em uma fatia só — eliminando de vez o risco de overhang — ou em tranches, o que daria à Petrobras a chance de capturar o upside que viria com a melhora dos resultados e a diminuição da percepção de risco na companhia.