O mercado de IPO mudou — e os emissores começam a se adaptar.
A Infracommerce conseguiu reviver seu IPO na noite de sexta-feira, convertendo sua oferta 400 (de distribuição ampla) para uma oferta 476 (que permite a colocação dos papeis junto a um número limitado de investidores).
Foi a primeira conversão deste tipo na história do mercado de capitais brasileiro a ocorrer em 24 horas. A companhia aproveitou o registro de companhia aberta concedido pela CVM, cancelou a 400 e relançou a operação como uma 476.
A companhia abriu mão de sua oferta secundária e fez uma oferta primária 10% menor a R$ 16/ação, levantando R$1 bilhão a um valuation de R$ 4 bi (post money). O preço foi um desconto de 27% em relação ao piso da faixa original (R$ 22).
Os 10 maiores investidores ficaram com 60% da oferta; os 25 maiores, com 90%.
Apenas 25% da oferta foi alocada junto a investidores internacionais, que continuam reticentes com o Brasil.
Os recursos serão destinados para M&A, capex, pesquisa e desenvolvimento (R&D), e despesas comerciais visando acelerar o seu crescimento orgânico, bem como o pagamento de dívida.
Os coordenadores foram Itaú BBA, BTG Pactual, Goldman Sachs e Morgan Stanley.
A ação começa a negociar na terça-feira com o ticker IFCM3.