A Conexa Saúde – a líder em telemedicina no Brasil – acaba de levantar R$ 200 milhões numa rodada liderada pela Goldman Sachs Asset Management que vai financiar os planos da startup de expandir sua oferta de produtos.

A Goldman colocou R$ 140 milhões do total captado na Série C. A General Atlantic colocou outros R$ 50 milhões, mais do que o pro rata a que tinha direito, aumentando sua participação na startup; e a Igah Ventures e a Endeavor Scale-Up colocaram o resto. 

guilherme weigertA Goldman vai colocar Natan Reinig, um executivo de private equity do banco, no conselho da Conexa. 

A captação de hoje aumenta para R$ 300 milhões o total levantado pela Conexa desde que ela foi fundada em 2016.

A empresa já atende grandes operadoras de saúde, como a Unimed, Bradesco Seguros e SulAmérica, além de 400 empresas como Mercado Livre, Roche e Vale, que oferecem o teleatendimento como benefício para os funcionários.

Há dois modelos de cobrança: as empresas podem pagar um fee mensal por vida ou um valor por atendimento.  

A startup está fazendo 500 mil atendimentos por mês e fez um annual recurring revenue (ARR) de R$ 140 milhões no mês passado. A meta é chegar a R$ 200 milhões até dezembro. 

O CEO Guilherme Weigert disse ao Brazil Journal que a startup “está muito perto de começar a gerar caixa,” o que deve acontecer nos próximos nove meses.

Hoje, a Conexa oferece quatro serviços a seus clientes: o pronto atendimento virtual; o atendimento especializado, com 30 especialidades diferentes; a atenção primária; e o atendimento de saúde mental, que a companhia passou a oferecer com a compra da Psicologia Viva no ano passado. 

Com a rodada, o plano é começar a oferecer também o monitoramento de doenças crônicas – como diabetes e obesidade – bem como a coordenação de todo o cuidado do paciente para as operadoras. 

“Queremos conseguir gerir a navegação dos pacientes até o atendimento físico, usando health analytics,” disse Guilherme, que começou como diretor médico da Conexa assim que ela foi fundada por Fernando Domingues. “Um paciente que chegar no teleatendimento com dor no peito, por exemplo, queremos conseguir direcionar ele para o melhor hospital com base nos dados deles, nos sintomas, etc.”

Na parte de pacientes crônicos, o fundador disse que a ideia é fazer um monitoramento contínuo desses pacientes com uma equipe de médicos, nutricionistas e psicólogos. Esses profissionais aumentam o engajamento do paciente com o tratamento, melhorando seus indicadores. 

O investimento em novos produtos vai permitir à Conexa fazer cross-selling, aumentando a monetização de sua base atual. 

Segundo Guilherme, a expansão do portfólio pode ser feita tanto de forma orgânica quanto com M&As. “Esse momento de crise abre portas para uma consolidação maior do mercado.”