A Gávea Investimentos e o Warburg Pincus estão em conversas finais para adquirir uma participação minoritária no Madero, a rede de restaurantes conhecida por seu hambúrguer gourmet.
 
A capitalização permitirá à empresa reduzir seu endividamento e continuar sua expansão, além de prever um pequeno ‘cashout’ para o fundador da empresa, o chef Junior Durski.
 
Ainda que não haja garantias de que o negócio será fechado, as duas gestoras já estão na fase de due diligence.
 
A principal dívida que o Madero deve quitar é um financiamento de R$ 88 milhões obtido junto a um fundo high-yield da gestora HSI Investimentos em 2014.  A dívida, conversível em ações, começa a amortizar em meados deste ano.
 
Com 85 restaurantes (68 próprios e 17 franqueados), o Madero é uma das maiores operações de ‘casual dining‘ do Brasil, com uma rede do mesmo tamanho que o Outback. 

A companhia, que nasceu em Curitiba, está hoje em 12 Estados e teve um faturamento líquido de cerca de R$ 270 milhões no ano passado.
 
O plano de Durski é chegar a 200 restaurantes em operação até 2018, mas o ritmo de crescimento arrefeceu no ano passado graças à recessão.  No início de 2016, o Madero disse que investiria R$ 100 milhões ao longo do ano para abrir 33 novos restaurantes; atingiu 66% daquela meta. Cada operação custa em média de R$ 1,5 milhão a R$ 4,5 milhões, dependendo do formato.
 
O Madero tem lojas Steakhouse (em shoppings ou lojas de rua), Madero Container (principalmente em rodovias e cidades menores), além de Food Truck, Sports Bar e o Madero Prime.
 
Para apoiar o plano de crescimento, Durski abriu há um ano uma fábrica em Ponta Grossa com capacidade para produzir 440 toneladas de hambúrguer, 120 toneladas de carnes porcionadas e 100 toneladas de embutidos por mês — o equivalente ao consumo mensal de 200 lojas.

  

O Itaú BBA está assessorando Durski na venda da participação.