Gary Cohn — o ex-COO da Goldman Sachs — está se tornando o vice-chairman da IBM, um movimento que coloca um dos executivos mais experientes do setor financeiro numa empresa de tecnologia em busca de um makeover.

11288 3254cc9f 9cb5 f522 5a76 0e29c5845175Na IBM, Cohn vai atuar como conselheiro direto de Arvind Krishna, que se tornou chairman e CEO em abril do ano passado com o mantra de retomar o crescimento da empresa. Krishna tem 30 anos de IBM.

Antigamente conhecida como Big Blue, a IBM agora quer ser lembrada como Big Tech — o mesmo escalão ocupado hoje por companhias como Google, Apple ou Facebook. 

Em outubro, Krishna fez o spinoff da divisão de infraestrutura de TI — um negócio avaliado em US$ 19 bi mas de baixo crescimento — para focar nos negócios de inteligência artificial e cloud computing, um mercado de US$ 1 trilhão. O movimento foi bem recebido pelo mercado. 

Cohn passou mais de 25 anos na Goldman, onde chegou a ser cotado para assumir o cargo de CEO. Em 2017, deixou a firma (com um payout de mais de US$ 100 milhões) para liderar o National Economic Council do Governo Trump. A passagem pela Casa Branca durou apenas um ano. 

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Em outra contratação numa gigante de tech, a Apple nomeou a jornalista Monica Lozano para seu conselho de administração. 

Monica trabalhou 30 anos como editora do La Opinión, o jornal de língua hispânica mais lido dos EUA, antes de virar conselheira e CEO da ImpreMedia, a controladora do jornal. Como editora, ganhou notoriedade por matérias que jogaram luz sobre temas como mortalidade infantil e a epidemia de AIDS (numa época em que o assunto ainda era tabu). 

Monica também está no board da Target e do Bank of America, e já foi conselheira da Disney.

A executiva também é reconhecida por seu trabalho na filantropia: ela é CEO da fundação College Futures, que tenta aumentar o acesso à educação de qualidade para estudantes carentes, e fundou o ‘Latinos and Society Program’, um instituto focado na inclusão de latinos americanos nos EUA.