A Goldman Sachs elevou o Fleury de ‘neutro’ para ‘compra’, chamando a empresa de uma “alternativa defensiva convincente” no setor de saúde.
Os analistas Gustavo Miele e Emerson Vieira aumentaram o preço-alvo de R$ 18 para R$ 19, vendo um upside potencial de 36% no papel em relação ao preço de tela.
A ação abriu o pregão em alta de 4,8%.
Os analistas dizem que os desafios operacionais do Fleury que preocupavam o mercado – a desaceleração do segmento premium – já foram incorporados pelo consenso.
Além disso, a empresa tem uma alavancagem bem menor do que a concorrência – e o banco também acha que a disputa no setor está menos predatória.
Por último, a Goldman vê que ainda há um potencial de novas revisões nas margens para cima com o avanço da integração com o Hermes Pardini.
Os analistas dizem que, embora faltem catalisadores de curto prazo, o Fleury tem um valuation atraente – P/L de 12x em 2024 e de 10x em 2025 – e dividendos de 8% e 10% em 2024 e 2025, respectivamente.
Outro fato que ajuda o Fleury é que a empresa não tem exposição à pressão que os planos de saúde têm exercido sobre os hospitais privados.
Com custos em alta, os planos vêm aumentando prazos de pagamento, o que tem afetado duramente os balanços de hospitais e clínicas.
“No último tri, o Fleury foi o único provedor que manteve um nível estável de recebíveis,” escreveram os analistas, que veem a alavancagem do Fleury em 1,7x até o fim do ano, ante 3,5x na média do setor.
Apesar da tendência do segmento premium continuar desacelerando, a Goldman diz que as áreas de B2B e a marca de entrada A+ provavelmente continuarão a crescer “a taxas decentes” em 2024.
A ação do Fleury sobe 7% nos últimos 12 meses. A empresa vale R$ 8 bilhões na B3.