Cotistas do FII Campus Faria Lima – o proprietário do imóvel que é a sede do Insper, na Vila Olímpia – estão propondo a troca do IGP-M pelo IPCA como indexador do contrato de aluguel.
A proposta vem dias depois dos cotistas rejeitarem uma proposta de compra do prédio feita pelo Insper em janeiro.
O Insper havia oferecido pagar R$ 385 milhões pelo prédio, o equivalente a R$ 105,70 por cota.
O Insper disse que a principal motivação da compra seria o peso do IGP-M, que traz volatilidade para a operação e não é alinhado com os reajustes das mensalidades escolares.
A rejeição dos cotistas já era esperada dado que o FCFL11 negociava na B3 a R$ 110, um prêmio em relação à proposta.
Numa AGE há dez dias, 35,8% dos cotistas se manifestaram contrários à venda, contra apenas 0,8% favoráveis.
Agora à noite, acionistas representando mais de 5% das cotas, convocaram uma nova AGE, desta vez para atender a uma das demandas do inquilino: trocar o IGP-M por IPCA.
A proposta pode ser vista como uma sinalização de que os cotistas não querem vender, mas sim deixar o inquilino satisfeito, tendo em vista que praticamente todo o prédio está locado para o Insper sob um contrato atípico até 2037.
Para o Insper, além do indexador, a compra do imóvel geraria uma economia no IPTU (pelo fato da instituição não ter fins lucrativos) e daria mais flexibilidade para a empresa fazer novos investimentos e manutenções no prédio.
No preço de tela, o FII paga 9,2% de dividend yield.