O La Niña, o evento climático que vinha causando fortes tempestades no Norte e Nordeste do Brasil, finalmente chegou ao fim — e um dos setores que têm se beneficiado disso são as geradoras de energia eólica.
Num relatório publicado hoje, a XP notou que em fevereiro não foi registrado mais quase nenhum indício do La Niña.
Além disso, a National Oceanic and Atmospheric Administration dos Estados Unidos disse hoje que o La Niña oficialmente chegou ao fim — depois de mais de três anos.
“Como resultado disso, tivemos uma recuperação impressionante dos recursos eólicos com um aumento de 39,5% ano contra ano na geração das empresas de nossa cobertura, em comparação a uma alta de 19,5% na capacidade instalada no mesmo período,” escreveu a XP. “Com o fim do La Niña, os recursos eólicos devem voltar ao normal na região Nordeste.”
Nesse cenário, as empresas que tiveram as melhores performances na geração eólica em fevereiro foram a Copel e a Auren.
A Copel teve uma alta de 87% na geração de seus parques eólicos, na comparação anual, enquanto a Auren teve uma alta de 232%. Ambas, no entanto, foram beneficiadas por efeitos que foram além do clima.
A Copel teve um aumento grande de sua capacidade instalada por conta da aquisição de dois complexos eólicos (o Aventura e Santa Rosa & Mundo Novo), que ela fez em outubro passado.
Já a Auren teve um aumento de capacidade de 73% por conta do início das operações dos parques Ventos do Piauí II e III em dezembro. Além disso, a empresa sofreu no início do ano passado com problemas de engenharia no parque Ventos do Araripe III, que acabaram afetando a geração.
A pior performance entre as sete empresas que a XP cobre foi da Equatorial, que teve uma alta de 8% na geração. A AES Brasil teve uma alta de 14%, a Cemig de 30%, a Engie de 38% e a Omega Energia, de 29%.