As lojas de rua, quem diria, estão voltando à moda nos EUA.

Neste ano, os varejistas americanos devem abrir mais lojas do que fechar pela primeira vez desde 2017, segundo uma pesquisa da consultoria IHL Group com mais de 900 redes. , segundo uma pesquisa da consultoria IHL Group com mais de 900 redes.

O crescimento está concentrado nos setores de alimentos, medicamentos e lojas de conveniência. As lojas de departamento e varejistas especializados ainda estão fechando mais lojas do que abrindo, mas o ritmo desacelerou de níveis recordes dos últimos cinco anos.

Por trás da mudança, segundo o The Wall Street Journal, está uma nova visão sobre o valor das lojas físicas, que estão sendo consideradas mais necessárias e complementares do que nunca para o ecommerce.

Por um lado, as lojas de rua foram transformadas em centros de distribuição e polos de retirada e devolução de compras online. E também são uma forma mais barata de atrair novos clientes  —  o custo de aquisição de clientes online disparou: segundo a ProfitWell, aumentou quase 50% nos últimos cinco anos.

Outro fator relevante para a revalorização das lojas é o fato de os proprietários dos imóveis estão mais flexíveis depois da covid.

Harmit Singh, CFO da Levi’s, disse ao WSJ que tem negociado aluguéis 15% menores do que os níveis pré-pandemia.

Os proprietários também estão dispostos a fechar contratos de 4 a 5 anos  — antes eles exigiam dez anos ou mais — e estão menos resistentes a calcular o aluguel como uma porcentagem das vendas, o que tende a melhorar a lucratividade das lojas.

Os varejistas agora estão optando por formatos diferentes de lojas —  elas estão menores e atrás de mais inovação para oferecer novas experiências ao consumidor.

A rede de produtos esportivos Dick’s, por exemplo, está colocando nas lojas paredes de escalada e campos de golfe. A Levi’s planeja lojas em que os clientes poderão personalizar suas camisetas.

Algumas das novas lojas vêm de marcas que começaram online e agora perceberam a importância de ter uma presença física.

Apesar disso, no mercado, os investidores continuam pagando mais por negócios 100% digitais. Por conta disso, a Saks Fifth Avenue disse que vai desmembrar seu negócio online e a Macy’s está sendo pressionada por um investidor ativista a fazer o mesmo.

Mantendo os negócios juntos ou separados, executivos do setor estão avaliando que o importante mesmo é ter os dois.