Com o mercado americano atingindo novas máximas, é fácil esquecer os perigos do downside.

Pensando nisso, o Morgan Stanley listou as ações mais compradas pelos hedge funds americanos — e alertou os investidores de varejo a ficar longe delas.

“Ter essas ações pode ser arriscado para os investidores de varejo no caso de uma venda em manada por parte de traders sistemáticos,” escreveu o banco. 

O Morgan Stanley acrescentou ainda que os “crowded trades” vem com o risco de um valuation muito alto e de uma volatilidade elevada. 

“Evitar essas ações ‘lotadas’ pode dar aos investidores a oportunidade de capturar valor ainda não reconhecido, quando combinado com fundamentos sólidos.”

Para fazer a análise, o Morgan Stanley analisou o portfólio dos 70 maiores hedge funds americanos. No primeiro trimestre, esses fundos reduziram suas participações no setor de saúde e aumentaram a exposição a tecnologia e finanças. 

Ainda assim, esses setores continuam subalocados pelos hedge funds, que tem sua maior exposição nos setores de consumo, indústrias e saúde. 

A ação mais detida por esses fundos hoje é a locadora de carros Avis, que tem 51,8% de seu free float nas mãos desses investidores. Na sequência vem a  Howard Hughes, uma companhia de real estate, com 39,3%, seguida pela Incyte, uma farmacêutica, com 25,8%.

No quarto lugar está a gestora Janus Henderson Group (24,4%), seguida pelo The New York Times (19,8%), Planet Fitness (19,3%) e Tandem Diabetes Care (18%).  

O Morgan Stanley também analisou as ações mais compradas pelos fundos long only — e o cenário é um pouco diferente. 

Os fundos long only estão mais expostos aos setores de indústrias, finanças e materiais e com uma exposição abaixo do mercado em TI e comunicações. 

As ações mais compradas por esses fundos são: a Celanese, que produz materiais químicos, que tem 58,3% de seu free float nas mãos desses fundos; a DaVita, uma rede de clínicas médicas, com 54,4%; a Wolfspeed, uma fabricante de semicondutores, com 53,5%; a petroleira Occidental Petroleum, com 51,5%; e a Floor & Decor, de materiais de construção e móveis, com 50%. 

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