Com a contratação de Will Landers, antecipada pelo Brazil Journal em dezembro, o BTG Pactual pretende reforçar sua atuação como gestor de fundos para a América Latina. 

Hoje, o banco tem fundos locais no Brasil, Chile, Colômbia e México — e com a chegada de Landers pretende integrar essas estratégias, por exemplo, num fundo latinomericano. Ao fim de setembro (últimos dados disponíveis), o BTG tinha R$ 184 bilhões sob gestão.

Landers está trazendo da BlackRock duas analistas: Andrea Weinberg, que focava na cobertura de commodities, educação e indústria, e Andrea Cardia, especialista em consumo e bancos.

“Tanto a perspectiva para o Brasil quanto para Latam é positiva, especialmente com a eleição de governos focados em reformas em toda a região” , diz Allan Haddid, COO da BTG Pactual Asset Management. “Queremos crescer nessa estratégia Latam, atrair o investidor internacional, e o Will tem experiência e uma filosofia fundamentalista que vai bem ao encontro do que acreditamos.”

Landers substituirá José Zitelmann, que comandava a asset no Brasil e a família de fundos flagship do BTG, o Absoluto.

Zitelmann está deixando o BTG para montar sua gestora própria. A ideia era que a asset tivesse uma participação em equity do BTG, nos moldes da participação do Credit Suisse no Verde, mas as negociações não avançaram.

A ideia original de Zitelmann era levar a equipe inteira, mas vários membros — incluindo Pedro Maia, o braço-direito de Zitelmann, com mais de 10 anos de casa — resolveram ficar depois que o banco fez uma contraproposta irrecusável. Maia ficará no comando do Absoluto e da estratégia brasileira.