A Brookfield antecipou a compra dos 26% que ainda não tinha da Oaktree Capital — a gestora de Howard Marks especializada em crédito distressed — pagando US$ 3 bilhões e reforçando a aposta do CEO Bruce Flatt no mercado de alternativos.
Em 2019, a Brookfield havia comprado o controle da Oaktree por US$ 4,7 bilhões e se comprometido a adquirir o restante do negócio apenas em 2029.
O negócio avaliou a Oaktree — cuja carteira cresceu 75% desde a entrada da Brookfield em 2019 — em US$ 11,5 bilhões, e deve ser finalizado no início do ano que vem.
Conhecida principalmente por sua atuação nos mercados imobiliário e de infraestrutura, a Brookfield vem dando cada vez mais ênfase ao mercado de crédito, e a aquisição do equity restante indica um fortalecimento dessa estratégia.
“Com esse alinhamento mais próximo [entre as empresas], a Oaktree continuará sendo essencial para a estratégia de crédito da Brookfield, e vemos oportunidades significativas para expandir o negócio e o que podemos oferecer aos nossos clientes juntos,” Marks disse num comunicado.
O movimento também é parte de uma consolidação do mercado de investimentos alternativos, em linha com as aquisições da HPS (crédito privado), Preqin (database de ativos alternativos) e Global Infrastructure Partners (fundo de infraestrutura focado em equity e dívida) pela BlackRock nos últimos meses.
Marks seguirá no conselho da Brookfield enquanto os co-CEOs da Oaktree, Robert O’Leary e Armen Panossian, passarão a co-CEOs da unidade de crédito da Brookfield.
Após a finalização do negócio, a Brookfield passará a ter os EUA como seu maior mercado, com US$ 550 bilhões sob gestão e cerca de metade das suas receitas e dos seus funcionários no país.