O Secretário do Tesouro, Mansueto de Almeida, vai deixar o Governo no final de julho, pondo fim a quatro anos de contribuição ao setor público desde que começou a trabalhar no Ministério da Fazenda do então Governo Temer.
Mansueto já estava conversando internamente sobre uma transição organizada, e só pretendia fazer o anúncio daqui a duas semanas, mas uma nota na coluna de Lauro Jardim de hoje precipitou as coisas.
O secretário deve continuar no cargo e fazer a transição até o final de julho.
Com a saída de Mansueto, o Governo perde o maior intérprete do estado das contas públicas e o interlocutor de maior credibilidade junto a investidores domésticos e internacionais no tema fiscal, além de um chefe do Tesouro que sempre teve sintonia perfeita com o Banco Central.
Funcionário de carreira do IPEA que ganhou notoriedade por sua análise isenta da trajetória fiscal, Mansueto aceitou o convite de Henrique Meirelles para compor o Ministério da Fazenda ainda no Governo Temer, na época, como Secretário de Acompanhamento Econômico. Em abril de 2018, com a saída de Meirelles, Eduardo Guardia tornou-se ministro e Mansueto, o Secretário do Tesouro.
Mais tarde, Mansueto aceitou o convite de Guedes para continuar no Governo, emprestando sua credibilidade e garantindo continuidade no trabalho fiscal.
Nos piores momentos da crise política, todas as falas de Mansueto pediam “diálogo”, “paciência” e, enquanto nunca escondeu a realidade dura, o secretário do Tesouro sempre mostrou que o País tem uma saída, e que esta precisa ser construída pela sociedade por meio do Congresso.
O Brazil Journal falou com o Secretário agora à noite. Segundo ele, “nada muda, porque o fiador do ajuste é Paulo Guedes.”
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