A Oi disse que vai entrar em conversas exclusivas com a Highline para vender sua operação móvel, desferindo um golpe nas ambições da Vivo, TIM e Claro, que haviam se juntado para comprar e dividir a tele mais fraca.
A Oi disse que a Highline fez “a melhor oferta vinculante acima do preço mínimo estabelecido” e que vai negociar em bases exclusivas os contratos definitivos da transação.
A Highline é uma investida da Digital Colony Management, uma gestora de private equity americana, que comprou a companhia do Pátria em dezembro passado.
Se concluída, a aquisição da Oi Móvel consolidará a Highline como o maior player independente de infraestrutura de telecom do País.
Em sete anos de operação, a empresa construiu e opera mais de 1.300 sites em todo o território nacional. Em 2017, ela vendeu parte de seu portfólio, mas seguiu desenvolvendo novos sites para atender as principais operadoras do Brasil.
Uma fonte próxima à Highline disse ao Brazil Journal que a companhia pretende operar a infraestrutura da Oi no mesmo conceito de ‘rede neutra’ que governa seu negócio de torres. Assim, uma aquisição da Oi colocaria a Highline na posição de competidora das teles — quando se trata de sua carteira de clientes — e fornecedora de serviços, quando se trata da infraestrutura.
A Highline também submeteu oferta pela UPI que é dona das torres da Oi.
“Hoje, o fator de diferenciação das operadoras é cada vez mais a experiência oferecida ao cliente, seja no pagamento de contas, recarga de créditos e no provimento de serviços de valor adicionado como aplicativos de notícias, músicas,” disse a fonte. “Já é comum as operadoras compartilharem as torres, ou seja, cada operadora colocar sua antena numa mesma torre. A rede neutra é a evolução do compartilhamento, que consiste em criar uma infraestrutura que pode ser utilizada por mais de uma operadora.”
O acordo de exclusividade anunciado hoje inicialmente vale até 3 de agosto, podendo ser prorrogado.
O Bradesco BBI é o assessor financeiro exclusivo da Highline e está liderando as dicussões estratégicas com a Oi e seus assessores.
O Bank of America Merrill Lynch assessora a Oi.