Amos Genish, o fundador da GVT e ex-CEO da Vivo, vai se tornar sócio do BTG Pactual, liderando uma nova unidade de negócios consolidando as iniciativas digitais do banco no segmento de varejo.
Fontes do banco disseram ao Brazil Journal que Amos terá cerca de 4% do capital do banco e ficará baseado em Londres, onde mora desde que deixou o Brasil.
A unidade de negócios sob comando de Amos englobará o BTG Pactual Digital; serviços financeiros e crédito a pequenas e médias empresas via plataforma digital; a participação do BTG no Banco Pan; uma plataforma de seguros; e a boostLAB, a aceleradora de startups do banco.
Amos, que perdeu o cargo de CEO da Telecom Italia em novembro em meio a uma briga entre a Vivendi e o Elliott, é a segunda contratação de peso do BTG, que recentemente atraiu o ex-Ministro da Fazenda Eduardo Guardia para liderar a gestora do banco.
Ao mesmo tempo, a BTG Pactual Holding, controladora do banco, disse que fará uma oferta secundária de units do BTG (BPAC11), uma transação que deve levantar cerca de R$ 2 bilhões.
A oferta vai aumentar a liquidez das units e permitir ao BTG aderir ao segmento de listagem Nível 2 da B3.
A oferta, noticiada em primeira mão pelo Valor Econômico, terá como coordenadores o próprio BTG, UBS, Morgan Stanley, Bradesco BBI e Banco do Brasil.
Para deixar seu balanço mais limpo, o BTG disse que vai transferir para sua controladora 25% do capital do EFG International, o banco suíço que comprou o antigo BSI do BTG e no qual o BTG hoje detém uma participação de 30%.
Após a transferência, o BTG ficará com 5% do capital do EFG. Segundo o BTG, a transação permitirá uma percepção mais clara da performance de seus negócios, “bem como um substancial aumento dos índices de capital regulatório do banco.”
Por exemplo, o chamado Core Tier 1 Equity deve aumentar 320 pontos-base, dos atuais 10,2% para 13,4% na data-base de 31 de março de 2019.
O aumento do capital regulatório permitirá que o BTG entre em mais negócios.