O que está ruim sempre pode piorar.
Enquanto o índice Bovespa bate novo recorde nominal, as ações da Braskem caem quase 3% na B3 nesta terça-feira com um comentário bearish do Santander sobre o terceiro tri da companhia.
Numa nota que circulou entre clientes do banco, o analista Gustavo Allevato, chefe da cobertura de commodities, disse que o 3Q deve desapontar novamente, com a companhia postando um EBITDA de US$ 360 milhões comparado à sua expectativa anterior de US$ 420 milhões.
A Braskem reporta o resultado dia 6 de novembro.
“Como não deve haver melhora operacional nos próximos meses e nenhuma resolução para o problema societário, é possível que o mercado esteja jogando a toalha,” um analista disse ao Brazil Journal.
Em 18 de setembro, segundo comunicado da Braskem, a Alaska atingiu uma posição equivalente a 5,15% das ações PNA da companhia (BRKM5), além de 3 milhões de contratos de derivativos referenciados no papel e 5.000 aluguéis das ações ordinárias (BRKM3).
Mas menos de um mês depois, em 10 de outubro, a Alaska já havia cortado sua posição em BRKM5 para 4,86%. Um comunicado da Braskem diz que a gestora manteve os derivativos, mas não faz mais menção à posição em BRKM3.
A Braskem também disse ontem que seu ADR voltará a ser negociado na Bolsa de Nova York nesta quinta-feira, depois que um atraso da companhia em enviar documentos levou à sua suspensão. Ainda que a normalização da listagem seja bem vinda, é impossível estimar se terá impacto no preço da ação.
Finalmente, o setor petroquímico em geral (e a Braskem em particular) tem mais um motivo para se preocupar.