Joaquim LevyA agência de classificação de risco Standard & Poor’s acaba de reafirmar a nota de crédito do Brasil, dando um gigantesco voto de confiança no ajuste fiscal e no Governo num momento em que a popularidade da Presidente Dilma está em sua mínima histórica.

A S&P reafirmou o rating BBB- do Brasil e disse que a perspectiva do País permanece “estável”.

A manutenção da nota não era esperada pelo mercado financeiro, e deve significar dólar em baixa e Bolsa em alta nesta terça-feira.

A agência notou que “a Presidente Dilma Rousseff enfrenta um cenário político e econômico extremamente desafiador em meio a um declínio agudo em suas taxas de aprovação, contração econômica e investigações de corrupção na Petrobras.”

“Em uma reviravolta em relação a seu primeiro mandato, a Presidente pediu a seu time econômico para fazer um ajuste profundo em várias políticas — não apenas fiscal — para restaurar a credibilidade perdida e fortalecer os perfis fiscal e econômico do Brasil, agora enfraquecidos.”

“A ‘perspectiva estável’ [que a agência deu ao crédito brasileiro] reflete nossa expectativa de que a correção de políticas que está em progresso continuará a ter o apoio da Presidente Dilma e, no final das contas, do Congresso, gradualmente restaurando a credibilidade das políticas e pavimentando o caminho para uma perspectiva de crescimento mais robusta no ano que vem e nos próximos.”

A S&P disse que poderá eventualmente cortar a nota do Brasil “se houver uma deterioração maior das contas externas e fiscais, e se o País voltar atrás em seu compromisso com uma política pragmática e as várias correções de política em curso.  Um fracasso em avançar com os ajustes (dentro e fora do orçamento) poderia resultar numa erosão maior do que esperada do perfil financeiro do Brasil, e numa queda de confiança e perspectiva de crescimento ainda maior, levando a um downgrade.”