A BR Partners acaba de lançar um follow-on que dará saída às famílias que investiram na empresa em sua fundação há 14 anos e deve aumentar significativamente a liquidez do papel, hoje o principal entrave para o seu valuation.
As dez famílias — que colocaram R$ 100 milhões para a criação do banco de investimentos em 2009 em troca de 30% do capital — já haviam vendido 28,3% de sua participação para a partnership da BR Partners há duas semanas.
Agora, vão vender o restante na oferta.
O follow-on deve movimentar 16,8 milhões de units na oferta-base (R$ 267 milhões no preço do fechamento de ontem) e mais 5 milhões de units se o hot issue for exercido (R$ 80 milhões).
O pricing deve acontecer até dia 26, ou já na semana que vem.
Ainda que a decisão de lançar a oferta seja da BR Partners, as famílias terão que decidir por unanimidade se vendem ou não no preço da oferta; se a decisão final for por não vender, as famílias continuarão sujeitas ao lockup, que vai até 2030.
Se a oferta for integralmente colocada, o free float da companhia passará de 24% para 45% – ajudando a aumentar a liquidez do papel, hoje um dos grandes detratores do múltiplo da empresa na Bolsa.
A unit (BRBI11) negociou uma média de R$ 1,6 milhão por dia nos últimos 30 dias. A BR Partners vale R$ 1,65 bilhão na B3, e negocia a cerca de 10,5x o lucro estimado para este ano.
Os coordenadores são BTG Pactual (líder), Itaú BBA, Citi e XP.