O BNDES contactou bancos na sexta-feira para selecionar um assessor financeiro que o ajude a encontrar um comprador para sua participação na Energisa, uma transação de cerca de R$ 2 bilhões, pessoas a par do assunto disseram ao Brazil Journal.
Nas últimas semanas, a especulação no mercado era de que o BNDES lançaria um follow-on ou um block trade para se desfazer da posição, mas agora ficou claro que o banco prefere um processo organizado junto a investidores financeiros ou estratégicos.
A BNDESPar se tornou dona de 11,38% do capital da Energisa no mês passado, quando converteu uma debênture com bônus de subscrição. O banco de fomento subscreveu a debênture em 2015 para apoiar a Energisa na aquisição do Grupo Rede – que trouxe um novo vetor de crescimento para a companhia dos Botelho.
Os bônus foram convertidos a R$ 16,47, e o papel hoje negocia ao redor de R$ 43,50.
Além de investidores financeiros, o comprador mais lógico para a posição seria a própria Energisa. A companhia recentemente entrou na disputa pela Celg, a distribuidora de Goiás que a Enel colocou à venda – mas os italianos entraram em uma negociação exclusiva com a Equatorial Energia.
A Energisa vale R$ 20,7 bi na Bolsa e negocia a cerca de 12x o lucro estimado para 2023.