A Bloomberg elegeu o fundador da XP, Guilherme Benchimol, uma das 50 pessoas mais influentes em 2018.
 
Não há outros brasileiros na lista deste ano;  na edição do ano passado, o fundador do Mercado Livre, Marcos Galperin, foi o único representante da América Latina.  Ele é argentino.
 
A escolha de Benchimol é mais uma validação do impacto da XP na concorrência do sistema bancário brasileiro — encorajando inúmeros empreendedores a emular seu modelo — e do histórico de empreendedorismo de Benchimol, que começou a empresa aos 24 anos, com R$ 10 mil, e depois de ter sido demitido da InvestShop.  “A gente achava que ia quebrar todo dia,” Benchimol disse à Bloomberg.
 
A nomeação vem no ano em que o Banco Central aprovou a venda de 49,9% da corretora para o Itaú num valuation de R$ 12 bilhões — e em meio a notícias de que a XP pode listar sua ação na Nasdaq nos próximos meses.

A Bloomberg chama a XP de “a Charles Schwab brasileira” e diz que a venda da participação para o Itaú “confirmou que os grandes bancos brasileiros vêem valor nas empresas financeiras menores que estão competindo com eles.”
 
No setor financeiro, os outros novos nomes na lista deste ano são:  Abigail Johnson, a CEO e herdeira da Fidelity, por ter lançado fundos indexados com taxa zero — uma ruptura com o modelo de negócios da empresa, historicamente baseado na gestão ativa; e Michael Gelband, que captou impressionantes US$ 8 bilhões para lançar o seu ExodusPoint Capital Management numa época em que os hedge funds estão perdendo do S&P 500. (Gelband, que fez seu nome no Millennium, está cobrando uma taxa de performance de 13% a 17%, em vez dos 20% que são padrão na indústria.)
 
A XP caminha para terminar o ano com ativos sob custódia de R$ 215 bilhões, 840 mil clientes — uma alta de 105% em relação ao ano passado — e 4.200 agentes autônomos, distribuídos em 650 escritórios.
 
Segundo o Valor, bancos de investimento estimam que a XP seria avaliada entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões numa listagem na Nasdaq, o equivalente a 30 vezes o lucro projetado para 2020. (A corretora deve lucrar R$ 650 milhões este ano.) Uma fonte da XP disse que os sócios ainda não tomaram uma decisão sobre a listagem.
 
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