Quando as fintechs começaram a surgir e levantar a barra da experiência do cliente, os grandes bancos se viram diante de uma ‘escolha de Sofia’: melhorar a experiência do usuário, reduzindo as fricções, ou garantir a segurança das transações, evitando fraudes?

O que parecia um dilema sem resposta foi resolvido com uma solução relativamente simples, ainda que complexa de operar: a biometria facial.

Com essa validação, os bancos conseguiram garantir que o cliente que está abrindo uma nova conta é realmente a pessoa que diz ser — sem precisar que ele vá até uma agência ou passe por um processo burocrático de aprovação.

Só nos últimos três anos, a unico, principal empresa que disponibiliza esse tipo de tecnologia, viabilizou de forma segura que 38 milhões de brasileiros acessassem serviços financeiros digitalmente em bancos, fintechs e instituições de crédito.

“Não dava para focar apenas na segurança, porque isso ia reduzir a abertura de contas. Também não dava para focar apenas na experiência, porque isso gera prejuízos para as instituições, mas também para as pessoas, muitas vezes vítimas de contas laranja ou de golpes envolvendo seus dados. Com a adoção da biometria facial temos o melhor desses dois mundos e trazemos um elemento fundamental para esta relação: mais confiança,” disse Eduardo Slivskin, o diretor executivo de contas estratégicas da unico.

Segundo ele, os casos de uso da biometria facial têm crescido muito nos últimos anos, indo muito além do processo de onboarding.

“Até pouco tempo, ao trocar um celular, era preciso ir até uma agência bancária para habilitar o token no novo aparelho. Com a biometria facial é possível fazer isso direto do celular, em qualquer hora ou lugar, gerando um ganho de experiência brutal para o cliente,” afirma ele.

Outra situação que tem aliado experiência e segurança é aquela dificuldade da vida moderna: lembrar a senha. No processo tradicional, o cliente avisa que esqueceu sua senha e recebe um email para trocá-la, e depois um SMS no próprio celular — o que abre brecha para fraudes.

Com a tecnologia desenvolvida pela unico, a validação da troca de senha está sendo feita também com a biometria facial, mantendo uma boa experiência de uso da tecnologia e aumentando drasticamente a segurança do processo.

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Essas diferentes soluções e aplicações têm garantido que bancos evitem fraudes milionárias e brasileiros estejam mais protegidos. Diante de uma vida cada vez mais digital, especialmente em razão da pandemia, é essencial manter os investimentos em inovação e pesquisa para combater os fraudadores.

“Temos que sempre ficar vários passos à frente,” disse Eduardo. “Quando surgiu a biometria facial, os fraudadores começaram a pegar fotos das pessoas na internet e usá-las para tirar uma ‘foto da foto’. Investimos e evoluímos nossa tecnologia para ela perceber quando é uma foto-fraude e quando é uma pessoa de fato.”

Assim a unico passou a disponibilizar o ‘liveness passivo’, que consegue dizer quando uma foto foi tirada na hora; e o chamado ‘liveness ativo’, que pede que a pessoa faça movimentos com o rosto para garantir que é ela mesma. Ambas são tecnologias de prova de vida, uma grande tendência do mercado para viabilizar, de forma segura, o acesso a produtos e serviços.

“Isso pode gerar uma experiência menos fluida para o usuário, mas 73% das pessoas conseguem ter uma captação de liveness ativo na primeira tentativa, e 99% na segunda. Temos aqui um ganho enorme para a segurança das pessoas e da empresa,” reforça o executivo.

Para além da segurança e da experiência dos clientes, a tecnologia tem possibilitado inovações diversas no setor e novas fronteiras estão sendo desvendadas. Contas e carteiras digitais são apenas o começo. Já é possível realizar um pix ou até mesmo solicitar um empréstimo pré-aprovado usando a face. Para o cliente, isso significa proteção e um processo de adesão mais curto, como já assistimos em grandes realitys da TV, feito em poucos cliques.

Vale lembrar que grande parte das inovações atuais foram e continuarão sendo impulsionadas por essa inteligência. A previsão para 2022 é de R$ 53 bilhões, de acordo com a consultoria Allied Market Research. Segundo Slivskin, grande parte desta fatia pertence ao setor bancário que segue investindo em produtos digitais na tentativa de conquistar o cliente, tomado pelas facilidades das fintechs no dia a dia.

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