Quando rebaixou a ação da B3 para neutro em abril, o Santander estava negativo no nome dada uma combinação de volumes em queda, risco concorrencial, e uma performance forte da ação nos quatro meses anteriores. 

Agora, o analista Henrique Navarro está mudando de opinião.  O Santander restabeleceu a ‘compra’ no papel e aumentou o preço-alvo de R$ 13 para R$ 18.

“De lá para cá, o risco regulatório tem sido menor do que esperávamos, o risco concorrencial está demorando mais a se materializar, e acreditamos que um ambiente político mais construtivo em 2023 pode aumentar o giro médio diário da Bolsa,” escreveu Henrique. 

Ele nota que os volumes agora em outubro estão se recuperando rápido, com a Bolsa brasileira voltando a atrair a atenção do investidor internacional. Por exemplo: o EWZ – o ETF mais líquido de ativos brasileiros – performou 9,5 pontos percentuais melhor do que o S&P 500 nos últimos 30 dias.  

O Santander aumentou em 10% sua estimativa de lucro para a B3 no ano que vem. O banco espera um volume médio de R$ 33 bilhões no ano que vem, com R$ 30 bi este ano.

E, se o Brasil decolar…. cada R$ 5 bilhões a mais no giro médio diário aumenta o preço-alvo do papel em R$ 2. 

Nos preços atuais, a B3 negocia a 16,7x o lucro ajustado estimado para 2023. O preço-alvo do Santander implica a B3 negociar a 21,6x o lucro do ano que vem, em linha com os peers globais.