Desde o início de julho, as ações das construtoras de baixa renda subiram em média 50%, em comparação a uma alta de 15% do Ibovespa.

Apesar do recente rally, o Itaú BBA acha que tem espaço pra mais. 

O banco disse hoje que está mantendo sua visão positiva para o setor com base na expectativa de um forte momentum de lucros para as companhias listadas. 

Essa tendência positiva é impulsionado por três fatores: uma competição mais fraca, com as companhias listadas dobrando seu market share em algumas cidades; preços [dos imóveis] em alta de 10% desde o início do ano e com espaço para subir mais na esteira das mudanças do programa Casa Verde e Amarela; e despesas em queda, com o preço de muitas matérias primas numa tendência de baixa. 

Essa conjunção de fatores pode levar a uma melhora da margem bruta dessas empresas, na visão do banco.

O analista do Itaú diz ainda que o valuation atual das empresas do setor não está capturando esse cenário.

“As construtoras de baixa renda são o setor doméstico mais barato da Bolsa, negociando a 6x o lucro estimado para o ano que vem (em comparação a uma média de 15x),” escreveu o analista Daniel Gasparete.

Ao mesmo tempo, o setor “tem um dos crescimentos mais fortes (um CAGR de 40% nos lucros para os próximos três anos) e um dividend yield médio de cerca de 10%.”

Para o Itaú, a top pick do setor é a MRV, seguida pela Cury, Direcional e Plano&Plano.