Oito meses depois de lançar sua marca de roupas básicas, a Reserva abriu a primeira loja da Simples ontem, no Barra Shopping, no Rio de Janeiro.
A XP aproveitou o momento para atualizar sua análise da marca.
Segundo a analista Danniela Eiger, o posicionamento de preço da Simples mudou radicalmente desde o lançamento.
No início, a marca tinha um preço médio 54% superior ao da Hering — o principal player do segmento — e relativamente próximo aos preços de próprio Reserva.
Agora, os preços estão praticamente em linha com os da Hering (só 6% acima) e com um desconto relevante em relação aos da Reserva, de quase 60%.
O número de SKUs também aumentou consideravelmente. Hoje, a Simples tem 4,5x mais produtos à venda do que na época do lançamento, e um portfólio mais homogêneo nas suas três categorias (homens, mulheres e crianças).
“Acreditamos que a Simples pode se tornar uma alavanca de crescimento para a Reserva no médio prazo dado que está oferecendo um preço mais acessível e conseguindo atingir um mercado endereçável maior,” escreveu a analista. “No entanto, vemos riscos de canibalização para a Reserva, já que a Simples está associada a sua marca mãe e oferece produtos similares com preços muito menores.”
A analista nota ainda que um sortimento de produtos mais amplo vai trazer desafios de gestão de estoque para a companhia. A Simples também deve enfrentar um ambiente competitivo difícil, já que a Hering tem uma posição consolidada de liderança, diz Danniela.
Além da primeira loja, a Simples vende seus produtos no ecommerce, em algumas multimarcas e em ‘stores in stores’ dentro das lojas da Reserva.
A XP tem recomendação de compra para a Arezzo com um preço-alvo de R$ 100, um upside potencial de 42%. O papel fechou ontem a R$ 69,74.
