A Ânima Educação está próxima de obter exclusividade na negociação para comprar os ativos brasileiros da Ilumno — a companhia americana dona da Universidade Veiga de Almeida (UVA) no Rio e do Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge) em Salvador, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.

 
Outros dois investidores estratégicos — o Grupo SEB e a SER Educacional — também estão mantendo conversas privadas com a Ilumno, fundada pelo empresário Randy Best.

Mas o pêndulo está pendendo para a Ânima, que além de estar capitalizada depois do follow-on de duas semanas atrás, é dona de um longo histórico de relacionamento com a Ilumno, conhecida como Whitney até alguns anos atrás.

 
Em dezembro de 2014, a Ânima chegou a um acordo para comprar a então Whitney por R$ 1,2 bilhão (um terço do total seria pago em ações), mas desistiu meses depois quando o Governo mudou as regras do FIES e jogou as companhias de educação na lona.

A Ilumno tem 40 mil alunos no Brasil e uma operação que gera pouco caixa. No Rio, a UVA (com 25 mil alunos) tem um EBITDA positivo e se beneficia das dificuldades de nomes tradicionais como Gama Filho (que fechou) e Candido Mendes, que está tecnicamente quebrada. Em Salvador a Unijorge luta com um mercado altamente competitivo e preços mais baixos. Ambas têm ticket médio acima da média de seus respectivos mercados. 

Para a Ânima, a aquisição seria o primeiro emprego de capital depois que a companhia levantou R$ 1,1 bilhão em seu follow-on prometendo acelerar sua estratégia de aquisições.

Para o Grupo SEB, do empresário Chaim Zaher, a Ilumno daria uma escala em ensino superior que o grupo não tem.  O SEB hoje tem 20 mil alunos espalhados entre a Universidade Dom Bosco e operações pequenas em Sorocaba e Florianópolis.

Para a SER Educacional, dos irmãos Jânio e Janguiê Diniz, a aquisição aumentaria sua presença em seu principal mercado, o Nordeste, e no Rio, onde a companhia entrou timidamente há alguns anos.