A Amazon — a companhia com custo de capital zero — está atacando mais um nicho do varejo: as farmácias tradicionais.

Dois anos depois de pagar US$ 700 milhões pela Pillpack, uma startup de delivery de medicamentos sob receita, a gigante do ecommerce está lançamento o Amazon Pharmacy — entrando num mercado que movimenta quase US$ 1 trilhão por ano no mundo e pressionando as ações das redes de farmácias.

A CVS cai mais de 8% em Nova York; enquanto Walgreens e Rite Aid despencam 10% e 15%, respectivamente. 

O consumidor poderá usar a Amazon Pharmacy para comprar tanto medicamentos over the counter (OTC) quanto os que exigem receita.

Ao se cadastrar, o cliente adiciona as informações de seu plano de saúde, gerencia suas prescrições médicas e ainda acessa um serviço de atendimento com farmacêuticos (por telefone ou chat). 

A Amazon disse que o novo serviço vai tornar mais simples comparar preços e transformar “uma atividade tediosa” em algo “tão conveniente quanto qualquer outra compra.”

O timing do anúncio não poderia ser mais propício: com a covid, os consumidores estão mais preocupados com a saúde, ao mesmo tempo em que estão evitando as lojas físicas e migrando em velocidade inédita para o ecommerce.

Num primeiro momento, a Amazon disse que o serviço será restrito aos Estados Unidos, mas a oportunidade é global: o mercado de medicamentos com prescrição deve movimentar US$ 904 bilhões este ano e chegar a quase US$ 1,3 trilhão em 2025.