A Amazon acaba de comprar a One Medical por quase US$ 4 bilhões o mais novo movimento da gigante do ecommerce para aumentar sua presença no setor de saúde, depois da compra da PillPack em 2018 e da criação da Amazon Care no ano seguinte. 

Listada na Nasdaq e com sede em São Francisco, a One Medical opera uma rede de consultórios de atenção primária e um serviço de telemedicina. A empresa tem 188 clínicas em 25 mercados e mais de 700 mil usuários. 

O One Medical opera num modelo de assinatura e tem parte relevante de sua receita vindo do B2B: as empresas oferecem os serviços da One Medical a seus funcionários.  

No primeiro trimestre, ela faturou US$ 252 milhões e teve um prejuízo de US$ 90 mi. 

A Amazon está pagando um prêmio de quase 80% em relação ao fechamento de ontem. Com o anúncio, a ação já sobe 69% na manhã de hoje, se aproximando do valor da transação.

O vice-presidente da Amazon para serviços de saúde, Neil Lindsay, disse que o setor está no “topo da lista de experiências que precisam ser reinventadas.”

“Amamos inventar para fazer o que deveria ser fácil ficar ainda mais fácil, e queremos ser uma das companhias que ajudam a melhorar dramaticamente a experiência de saúde nos próximos anos,” disse ele. 

A compra da One Medical é a maior investida da Amazon até agora no setor de saúde e a terceira maior aquisição da história da companhia, atrás apenas da compra do Whole Foods (US$ 13,4 bi) e da MGM (US$ 8,5 bi). 

No setor de saúde, a Amazon comprou a PillPack por US$ 750 milhões em 2018, usando o negócio de entrega de medicamentos para lançar sua farmácia digital alguns anos depois. 

A companhia também lançou o Amazon Care, um serviço de telemedicina, e tem desenvolvido soluções de diagnóstico médico na casa dos clientes. 

O CEO da One Medical, Amir Dan Rubin, vai continuar à frente do negócio, que foi fundado em 2007 por Tom Lee. Lee deixou o comando da empresa em 2017, três anos antes do IPO.