A Advent disse hoje que concluiu a captação de um fundo de R$ 11 bilhões (US$ 2 bilhões) — seu sétimo dedicado à América Latina e, em reais, 65% maior  que o fundo anterior, em grande parte graças a uma desvalorização que colocou o real na lanterna das moedas.
 
O novo fundo investirá principalmente no Brasil, Colômbia, México e Peru — além de oportunisticamente na Argentina e no Chile — e vai atuar nos cinco setores em que a Advent se especializou:  serviços e serviços financeiros; saúde; indústria; varejo, consumo e lazer; e tecnologia. 
 
O portfólio da Advent no Brasil inclui o Nubank, onde a gestora acaba de entrar por vender a Easynvest e receber parte do pagamento em ações; o Grupo BIG (antigo Walmart Brasil); a YDUQS (the company formerly known as Estácio) e a CI&T, que presta serviços de transformação digital.
 
Com o novo fundo, o capital total levantado pela Advent desde 1996 para investimentos na América Latina chega a US$ 8 bilhões – o maior entre as gestoras de private equity que atuam na região.
 
A Advent disse que a maior parte do capital para o novo fundo veio dos mesmos fundos de pensão, endowments, fundos soberanos e family offices que já haviam investido no fundo anterior, de US$ 2,1 bilhões.
 
Os processos de captação de fundos deste porte tipicamente duram mais de um ano.  No ano passado, a Vinci Partners terminou de levantar um fundo de US$ 1 bi para investir no Brasil (o terceiro da casa) e o Pátria, um veículo de US$ 2 bi.
 
Desde a abertura de seu escritório em São Paulo, em 1997, a Advent investiu US$ 3,7 bilhões em 27 empresas brasileiras. 
 
Seus desinvestimentos mais recentes incluem a Easynvest, as Lojas Quero-Quero, o Grupo Biotoscana (GBT) e a International Meal Company (IMC), dona das redes Viena e Frango Assado.