A BHP corre o risco de ver seu plano de combate à mudança climática rejeitado pelos acionistas, que podem pressionar para que a maior mineradora da Austrália — e uma das maiores do mundo — faça mais para reduzir sua pegada de carbono.

A Glass Lewis, uma das duas empresas que aconselham grandes investidores institucionais a como votar em assembleias, recomendou o voto contra as metas e compromissos climáticos propostos pela empresa no começo do mês, citando “espaço para melhorias” e questionando se o plano está alinhado com os objetivos do Acordo de Paris de 2015.

“Não ficou claro se as metas atuais da companhia têm base científica”, disse o conselheiro. 

A mineradora se comprometeu a reduzir em 30% as emissões diretas até o fim da década e a zerar suas emissões até 2050.

A BHP também anunciou a extensão desses objetivos para fornecedores de bens e serviços, mas deixou de fora as usinas de aço da Ásia — justamente as responsáveis pela maior parte da pegada no chamado Escopo 3, que inclui emissões na cadeia de fornecedores e no uso de suas commodities. 

A BHP disse que entraria em contato com a Glass Lewis para “discutir” o assunto.

A assembleia de investidores está marcada para outubro.