22 de set, 2025
“É o pior caso de marketing da história.” Assim Leonam Guimarães, ex-presidente da Eletronuclear nos governos Temer e Bolsonaro, define a imagem da energia nuclear no Ocidente. Estigmatizada por acidentes e pela associação às armas, a tecnologia esconde vantagens que podem ser decisivas na transição energética.
Nesta entrevista a Adriano Pires, no videocast POWER, Leonam observa que, enquanto Rússia e China constroem usinas a todo vapor — inclusive para países amigos como Turquia e Cazaquistão —, Europa e Américas ainda enfrentam barreiras com a opinião pública.
A aposta por aqui está nos pequenos reatores modulares (SMRs), uma nova geração de usinas compactas, mais baratas e rápidas de construir, com sistemas de resfriamento passivos que reduzem riscos.
Já nos grandes projetos, é necessário pipeline: “Fazer uma usina isolada é uma excelente maneira de perder dinheiro. Ninguém constrói uma só… no mínimo duas; quando é muito rico, quatro.”
No plano social, Leonam reforça que o nuclear é indispensável diante da explosão da demanda por energia, graças a data centers e inteligência artificial. Ela pode ser a solução para Como resume Adriano: “Sem energia nuclear não dá para fazer uma transição energética democrática e justa.”
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