8 de set, 2025
“O carro elétrico nunca vai substituir completamente o carro a combustão. Nunca, em nenhum país.” A frase é de Sergio Habib, CEO da JAC Motors Brasil, no novo episódio de POWER, o videocast do Brazil Journal apresentado por Adriano Pires.
Habib explica por que a trajetória do Ocidente não deve repetir a da China, onde os BEVs já representam 31% das vendas. Para ele, o avanço chinês é fruto de uma decisão geopolítica: reduzir a dependência do petróleo. “Lá, se você quer andar 500 km, vai de trem. É outro desenho.”
No Brasil, ele projeta que os elétricos “puros” permanecerão um nicho: 3% a 5% do mercado. Já no transporte coletivo e no setor público, a visão é diferente: “Daqui a 20 anos, todos os ônibus urbanos brasileiros vão ser elétricos. Eu não tenho dúvida.”
O desafio, diz Habib, não está na geração, mas na distribuição de energia — e em quem pagará a conta. Em um País com poucos trens de passageiros e carregadores disponíveis (até mesmo em prédios e residências), o carro elétrico é uma solução limitada: “Faz sentido para uso urbano e quem carrega em casa. Se você mora em prédio sem tomada ou gosta de viajar, cuidado.”
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