1 de out, 2024
A inteligência artificial já está ajudando na identificação de casos mais graves dos pacientes e antecipando a conduta de médicos e hospitais.
A CEO do Fleury, Jeane Tsutsui, disse que a IA foi responsável por diagnosticar cerca de 1 mil casos graves e dar mais celeridade nos exames feitos pela rede de laboratórios.
Isso acontece, segundo ela, porque a IA consegue identificar, a partir de uma leitura dos exames de imagens, os casos mais críticos e alertar os médicos para que haja uma mudança de priorização dos pacientes.
“Podemos usar essa tecnologia para salvar vidas, além dos ganhos de eficiência. Conseguimos reduzir em 50% o tempo do exame da ressonância magnética – o que é bom para o paciente e bom para a empresa,” disse Jeane no evento Saúde não tem preço. Mas tem custo, realizado pelo Brazil Journal no último dia 26.
No futuro, a IA poderá até mesmo identificar aqueles pacientes com a possibilidade de causar mais sinistros às operadoras, segundo Conrado Cavalcanti, diretor médico da Amil.
Isso entra em uma questão sensível: afinal, uma operadora poderá selecionar os usuários (o que é proibido por lei) e evitar os pacientes que demandam mais serviços de saúde?
“Como qualquer tecnologia, a IA pode ser usada para o bem e para o mal. Qual caminho vamos seguir? Vamos finalmente acolher e engajar esse paciente na prevenção,” disse Cavalcanti.
O evento Saúde não tem preço. Mas tem custo teve quatro painéis, com temas relacionados a como garantir acesso a serviços de saúde, qualidade e sustentabilidade financeira das empresas. O evento contou com a participação de Paulo Rebello, diretor-presidente da ANS, José Seripieri Júnior, presidente da Amil, Sidney Klajner, presidente do Einstein, Henrique Salvador, presidente do conselho da rede Mater Dei, Daniel Pereira, diretor da Anvisa e outros grandes nomes do setor. Os vídeos de todos os painéis estão disponíveis no site do Brazil Journal.