22 de fev, 2024
Um dos maiores publicitários do País não gosta do que vê nas propagandas – e já faz algum tempo. Para Washington Olivetto, a publicidade perdeu o brilho por uma série de fatores, como a guerra entre online e offline, a perda de qualidade de parte dos veículos de mídia e uma obsessão por algoritmos. “Não é saudosismo”, disse nesta entrevista ao Brazil Journal em seu apartamento, em Londres. “Mas uma constatação da realidade.”
A publicidade deveria cumprir três objetivos, enumerou Olivetto: ajudar as empresas a vender mais, construir marcas e entrar para a cultura popular – e os dois últimos tem ficado de lado. Mesmo com as redes sociais, que são um fenômeno de repetição, as campanhas não têm sido lembradas, afirmou. “Não adianta ter tecnologia sem uma grande ideia. Sem um grande conteúdo, a forma é uma bobagem.”
Olivetto também falou sobre o que acredita ser “politicamente saudável” na publicidade (nem correto, nem incorreto), citou campanhas memoráveis e contou quais o fizeram “morrer de inveja” ao longo dos anos. “Publicidade boa é igual à vida: a coisa mais importante é a sedução.”