11 de maio, 2023
A B3 vive um longo jejum de IPOs. As últimas operações acontecerem no fim de 2021 e não devem ocorrer novas no curto prazo, diz Gilson Finkelsztain, CEO da B3. “A retomada está mais para o fim de 2023, início de 2024.” As dificuldades macro, no Brasil e no exterior, afastam as empresas do mercado de capitais. “IPO não combina com incerteza”, afirmou o executivo, num dos intervalos da LatAm CEO Conference, evento promovido pelo Itaú BBA em Nova York.
Para Finkelsztain, existe “uma opinião generalizada de que o Brasil está barato”. E isso tem levado os investidores estrangeiros a colocar dinheiro na Bolsa brasileira, mas de forma tímida. Uma entrada mais substancial depende de uma agenda clara sobre a rota de crescimento do país, disse o executivo. O que ele chamou de “agenda de retrovisor”, que inclui discussões sobre rever a privatização da Eletrobras e o macro do saneamento, deixa o investidor em compasso de espera.
Sobre o surgimento de uma concorrência para a B3, Finkelsztain disse que isso faz parte da evolução do mercado. “Mas vai ser difícil competir com gente.”