A Solfácil — uma fintech que financia painéis solares residenciais — acaba de levantar R$ 160 milhões numa rodada liderada pela QED Investors, o fundo de venture capital americano que já investiu no Nubank, Loft, QuintoAndar e Creditas. 

A Valor Capital, que deu o cheque para o Series A no ano passado, também acompanhou. 

11086 2c4d099f 6248 0438 2ce5 dd78148cbf5fO fundador Fabio Carrara não quis abrir o valuation, dizendo apenas que a diluição foi “bem baixa para os padrões da indústria.” 

Nos três anos desde sua fundação, a Solfácil já financiou mais de R$ 350 milhões para a compra e instalação de painéis de energia solar de geração distribuída — aqueles que são instalados no telhado de uma casa ou de um pequeno comércio — boa parte nos últimos seis meses. 

A fintech está originando R$ 60 milhões por mês, o que dá um ‘run rate’ de R$ 720 milhões/ano. A expectativa é fechar o ano com mais de R$ 1 bi originados. 

“Estamos crescendo entre 50% e 100% por trimestre e conseguimos chegar nesse patamar com pouco capital,” diz Fabio. Segundo ele, o negócio já opera no breakeven.

O funding dos empréstimos vem de debêntures e FIDCs que a fintech levanta com investidores. Até agora ela já levantou cerca de R$ 120 milhões com uma debênture (que está totalmente investida) e outros R$ 500 milhões com um FIDC (que alocou metade do capital). A Solfácil fica com as cotas subordinadas — a parcela de maior risco e retorno — e vende as cotas sêniores.

Agora, a empresa vai usar os recursos da rodada para aumentar a área comercial, investir em tecnologia, e botar de pé um novo FIDC de R$ 750 milhões e uma debênture de R$ 150 milhões.

A empresa também está entrando numa nova vertical: o financiamento de placas solares para pequenos produtores rurais.

Como o mercado de geração distribuída é 45% pessoa física, 35% pessoas jurídicas (pequenos comércios) e 15% produtor rural, “com esse novo produto vamos conseguir cobrir praticamente todo o mercado,” diz o fundador. 

A Solfácil opera em parceria com as chamadas integradoras — as empresas que vendem os painéis solares e fazem a instalação. Hoje, ela tem parceria com mais de 5 mil dessas empresas, que indicam a Solfácil quando um cliente quer financiar a compra dos painéis. 

Fabio diz que a meta é chegar a pelo menos 10 mil integradoras na plataforma até o final de 2022. 

SAIBA MAIS

O sol nasce para todos… mas é a Solfácil quem financia