As conversas, reportadas hoje pelo The Globe and Mail, sugerem que novas parcerias e investimentos podem estar a caminho, juntando, de um lado, um setor maduro que está tentanto lutar contra a queda nas vendas e, de outro, uma indústria que está apenas começando, mas cujo potencial de mercado é promissor.
Além de potenciais sinergias, como a criação de produtos híbridos, está cada vez mais claro que a indústria de bebidas vê os fabricantes de cannabis como um hedge.
“Essas bebidas não terão calorias e te farão se sentir animado”, Bruce Linton, CEO da Canopy, disse na CNBC. “Estamos falando de ir em um bar e tomar uma ‘tweed and tonic’ (como esse tipo de bebida tem sido chamado).” Ele disse que os produtos poderão ter 80 misturas diferentes com canabinóides.
A Heineken acaba de lançar um produto semelhante em mercados específicos por meio de sua marca Lagunitas (uma joint venture com a CannaCraft, produtora de maconha da Califórnia). A americana Molson Coors também está se movimentando e fechou em agosto uma joint venture com a canadense The Hydropothecary Corporation para buscar oportunidades nesse segmento.
A maior parte das oportunidades na indústria de marijuana se encontra no Canadá, onde o setor encontrou um terreno fértil, em termos regulatórios e legais, para crescer. Mas, nos Estados Unidos, há também um mercado em ebulição. Dez estados já permitem o uso recreativo da cannabis, e 30, o uso medicinal.
Por enquanto, quem investiu nessa indústria já percebeu que o bagulho é sério: as ações das empresas de maconha têm decolado nos últimos anos. O Marijuana Index, que acompanha a evolução dos papéis de 35 companhias listadas nas bolsas do Canadá e dos EUA, valorizou mais de 500% do início de 2016 até hoje.