Joseph Safra, que transformou sua habilidade em dar crédito, ler pessoas e operar mercados num dos maiores impérios bancários do Brasil, morreu esta noite de causas naturais, uma pessoa próxima da família disse ao Brazil Journal. Ele tinha 82 anos.
Sua partida, depois de anos de saúde debilitada, marca o fim da era de banqueiros comerciais que definiram o sistema financeiro nacional, de Walther Moreira Salles a Olavo Setúbal e Amador Aguiar.
“Seu José consolidou-se em vida como um símbolo de confiança do mercado financeiro nacional. Praticando os melhores fundamentos da atividade bancária, rapidamente tornou-se um nome conhecido e respeitado. Nos principais mercados do mundo, Safra se destacou entre os competidores como exímio gestor do patrimônio das famílias. No Brasil, dividia o comando do Banco Safra com uma intensa atividade filantrópica e profundo amor pelas artes, sendo sempre um dos principais beneméritos da grande comunidade judaica em nosso País. Por seus méritos, amealhou fortuna, mas sua atuação em sociedade era ressaltada pela máxima elegância e discrição, qualidades que distinguem os grandes homens. À senhora Vick Safra, aos filhos Jacob, Esther, Alberto e David, os nossos sentimentos.”