O Bank of America acaba de aumentar o preço-alvo da SLC Agrícola de R$ 46 para R$ 69 por ação, afirmando que a maior operadora de terras agrícolas do Brasil está entrando numa “nova fase de crescimento.”
O novo preço-alvo representa um upside de 41% em relação ao fechamento de sexta-feira. Por volta de 11h, o papel subia 5,6% dando à SLC um valor de mercado de R$ 9,8 bilhões.
A revisão no valuation vem depois do banco colocar em seu modelo a aquisição da Terra Santa e o novo acordo de leasing que a SLC fez com a Mitsui envolvendo a operação da Xingu Agricola.
Nas contas do BofA, os dois negócios adicionam R$ 11 por ação ao valor justo da empresa, enquanto a dinâmica mais ‘apertada’ do mercado de commodities e as atualizações cambiais acrescentam outros R$ 12/ação.
“A SLC está entrando numa nova fase de crescimento da companhia como um operador agrícola ‘best-in-class’ com uma presença diversificada que minimiza os riscos climáticos,” escreveram os analistas Guilherme Palhares e Isabella Simonato. “Ao crescer como uma empresa asset light e com acordos de longo prazo, a companhia terá condições de acelerar seu crescimento, ao mesmo tempo em que mantém uma estabilidade de longo prazo e um balanço saudável.”
O cenário base do BofA não incorpora nenhuma sinergia com a Terra Santa, que tem custos variáveis de algodão por hectare 15% maiores que os da SLC. Caso essas sinergias sejam capturadas, o banco diz que elas poderiam destravar outros R$ 3/ação.