Além de ter sido um dos maiores executivos da história de Hollywood, responsável por sucessos de bilheteria como Caçadores da Arca Perdida e Esqueceram de mim, ao longo das últimas décadas Barry Diller se tornou um bilionário ao construir um portfólio de ativos digitais que inclui o Tinder e a Expedia.
Seu longo relacionamento e casamento, em 2001, com Diane von Furstenberg, 78, entretanto, sempre foi objeto de fofoca e especulação.
Agora, aos 83 anos, Diller fala pela primeira vez sobre sua sexualidade em Who knew, uma autobiografia prestes a ser publicada.
Num excerto do livro, publicado esta semana pela New York Magazine com o título The truth about us, after all these years, o empresário revela que teve, sim, casos com outros homens, assim como Diane teve outras relações. “Nós sabemos, nossa família sabe, nossos amigos sabem. O resto é bla-bla-bla.”
“Houve muitos homens em minha vida, mas houve apenas uma mulher e ela só entrou na minha vida quando eu tinha 33 anos,” Diller escreve sobre Diane.
Então um jovem executivo da Paramount Films, em 1974, Diller conta que conheceu a “super glamorosa” Diane numa festa em que ele se sentia deslocado no meio de tantas personalidades presentes.
Foi um primeiro encontro esquisito.
Diane estava com seu primeiro marido, o príncipe Egon von Furstenberg, que logo comentou que a calça de Diller estava curta, enquanto Diane olhou para ele “como se fosse um papel celofane.”
Esse olhar mudaria algum tempo depois num encontro na casa de Diane em Saint-Tropez. O empresário lembra que “sentiu o que os franceses chamam de “coup de foudre” (paixão súbita).
Embolaram-se num sofá – e desde então continuam se embolando. Separaram-se algumas vezes e voltaram, até o casamento em 2001. Segundo o empresário, os casos dos dois nunca atrapalharam a relação entre eles.
“Por algum motivo cósmico,” especula, “estávamos destinados um para o outro. Os europeus, naquela época, tinham uma atitude mais inteligente sobre isso do que nós [americanos] provincianos.”
Sobre o por que decidiu só agora falar de sua vida íntima, Diller admite que faltou coragem. Tinha compromissos pessoais e empresariais que poderiam ser prejudicados.
“Hoje as identidades sexuais são mais fluidas e naturais, sem todas aquelas faixas rigidamente definidas do século passado,” comenta.
“Sempre achei que a gente nunca conhece realmente o relacionamento dos outros. Mas eu conheço o nosso. E isso é um alicerce da minha vida”.
Só faltou dizer: cuidem de suas vidas e me deixem em paz.
Para os apaixonados por celebridades também não falta assunto no livro. Entre um e outro compromisso profissional, Diller e Diane se encontram nas paisagens mais caras e disputadas do mundo, estações de esqui nos Alpes ou praias do Caribe.
Num desses encontros, em Hong Kong, o casal se incomodou com os odores da cidade. Um rápido telefonema de Diane para Imelda Marcos, a esposa do então ditador das Filipinas, Ferdinand Marcos, já os levou para o palácio presidencial, na capital Manila, a duas horas de voo dali. Não houve reclamações sobre mau cheiro.
Foto: Acervo pessoal.