Natura&Co — O Citi manteve recomendação de compra, mas reduziu o preço-alvo em 21% de R$ 53 para R$ 42. Os analistas relatam conversas com o CEO e CFO e dizem que, apesar da mensagem de que o processo de captura de sinergias com a Avon está bem encaminhado, o cenário de curto prazo ainda “é muito desafiador.”
BRF — O Santander elevou a recomendação de neutra para compra e manteve o preço-alvo em R$ 25. O papel sobe 7% depois de fechar sexta a R$ 19,50.
Desde que o banco começou a cobrir a empresa, em setembro, o papel caiu 25%, contra 7% do Ibovespa. O mercado aposta que a BRF continuará com margens e fluxo de caixa fracos, mas o Santander está mais construtivo graças aos recentes aumentos de preço e menores custos com grãos e embalagens.
Raízen — O BofA manteve a recomendação de compra mas reduziu o preço-alvo de R$ 12 para R$ 11. A ação da empresa cai 25% desde o IPO em agosto, e perde 18% desde a divulgação do terceiro tri. Para os analistas, a queda é reflexo da divulgação de um guidance de EBITDA para 2022 abaixo do esperado. Para o BofA, o mercado exagerou.
Minério de ferro — O JP Morgan está reduzindo sua estimativa para o minério de ferro em 2022 em 12% para US$ 92/tonelada, e em 10% para 2023 (US$ 90/t). A redução vem depois que os analistas revisaram suas projeções para a produção de aço na China em 7% para o ano que vem.
Tegma — O BTG Pactual manteve a recomendação de compra, mas cortou o preço-alvo em 30% de R$ 33 para R$ 23 — o que agora implica um upside de 57%. Os analistas citam uma recuperação mais lenta do que o esperado nos volumes transportados pela empresa em relação ao período anterior à pandemia, além da atualização da taxa de desconto no modelo. O BTG reduziu as estimativas para o EBITDA da empresa em 2022 em 30%; para o lucro, o corte foi de 33%.
Bancos — Num relatório sobre os bancos, o CS manteve sua recomendação de compra para o Bradesco; reduziu a do Santander de compra para neutra; e elevou o Banco do Brasil de neutra para compra. Apesar de reconhecer o turnaround de sucesso do Santander, o CS espera uma redução da dinâmica de lucros do banco daqui para a frente em relação aos concorrentes.
O Santander está negociando a 7,7x o lucro estimado para 2022 e 1,43x book. O preço-alvo do CS está baseado em 7,5x P/E e 1,6x P/B.
O Bradesco está negociando a 6,8x lucro e 1,17x book para 2022. O preço-alvo implica um múltiplo de 8,4x lucro.
Já o Banco do Brasil é “mais uma ação barata, considerando o earnings power que o banco mostrou no resultado do terceiro trimestre.” O banco estatal negocia pouco acima de R$ 33 por ação, 4,5x lucro e 0,58x book para 2022. O CS estima que o lucro do banco vai crescer 15% entre 2021 e 2023, um potencial que o mercado estaria subestimando. As projeções do CS para o bottom line estão acima do consenso de mercado em 6,5% para 2022 e em 19,5% para 2023.