Em seu relatório de hoje sobre a Amazon no Brasil, os analistas do BTG Pactual especulam sobre possíveis alvos de aquisição caso a companhia de Jeff Bezos resolva ir por este caminho, o que, como notam os analistas, nunca foi o ‘plano A’ da empresa.
 
Para eles, o Mercado Livre seria o melhor alvo para a Amazon crescer no Brasil porque combina duas características que sempre apareceram nas aquisições da Amazon: um ‘management’ de excelência e inovações que podem ser replicadas em outros países.

“O modelo de negócios do Mercado Livre combina uma presença em 18 mercados latino-americanos, um número superior de visitantes únicos versus os pares na maior parte dos países onde opera, fontes adicionais de receitas, como pagamento e plataformas de envio (MercadoPago e Mercado Envíos), e um management top de linha”, escreveram Fabio Monteiro e Luiz Guanais no relatório enviado a clientes esta madrugada.

Os analistas não descartam que o Magazine Luiza e a B2W — dona do Submarino, Shoptime e Americanas.com — também possam despertar interesse.
 
“A aquisição da Whole Foods mostrou que a Amazon não descarta comprar operações que trabalham com varejo físico, e não há dúvidas de que a equipe do Magazine Luiza tem feito um trabalho excelente nos últimos anos em construir uma verdadeira (e bem-sucedida) estrutura multicanal”.

Já na B2W, a migração para o modelo de marketplace, que começa a mostrar resultados em termos de geração de caixa, vem tornando a empresa mais atrativa. “Isso também significaria comprar uma plataforma de logística completa (a B2W tem as empresas de entrega Click Rodo e o Direct) e facilitaria a estratégia da Amazon de oferecer um nível de serviço superior, sem depender de operadores terceirizados.”

A B2W seria a solução mais barata. A empresa vale hoje R$ 8,5 bilhões em Bolsa, contra R$ 10 bilhões do Magazine Luiza e US$ 11 bilhões do Mercado Livre.