A XP começou a cobrir a Kepler Weber com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 47 para a ação, um upside de 31% em relação ao fechamento de ontem.
No final da tarde, o papel negociava a R$ 35,88.
Os analistas Larissa Pérez, Rafael Barros e Marcella Ungaretti destacam que depois de atingir R$ 57 em junho, o papel acumula queda de 46%, e a empresa está sendo negociada a 2,9x EV/EBITDA 22.
A XP compara a Kepler com empresas como Rumo (9,5x), Hidrovias do Brasil (7,2x) e Randon (4,1x).
A Kepler Weber é a maior empresa de armazenagem e soluções para o pós-colheita na América Latina, com 42% de share no mercado de silos no Brasil. Para os analistas da XP, a empresa construiu uma “reputação premium” que lhe permite cobrar preços acima da média.
Com a safra aumentando e os produtores cada vez mais capitalizados, os analistas esperam um aumento da demanda por silos no País.
Além disso, a Kepler vem procurando expandir seu negócio de “reposição & serviços”, uma linha de receita mais recorrente que pode chegar a 25% da receita líquida até 2032, na estimativa da XP.
Os fatores de risco são a exposição da empresa aos ciclos do agronegócio e à volatilidade do preço do aço (que equivale a cerca de 40% do custo dos produtos vendidos da Kepler), além do fato de que, para pagar pelos silos, parte significativa dos clientes da empresa toma empréstimos subsidiados pelo governo.
A XP também ressalta que a liquidez da ação continua relativamente baixa: o volume médio diário nos últimos 90 dias foi de R$ 9 milhões.