A oferta de ações que a Oncoclínicas está considerando é de R$ 600 milhões, podendo ser aumentada em até 2x dependendo da demanda do mercado, fontes a par das discussões disseram ao Brazil Journal.
O objetivo da oferta é aumentar a liquidez do papel – uma velha demanda do mercado. O papel tem negociado R$ 11 milhões por dia nos últimos três meses.
A oferta é majoritariamente secundária: a Goldman Sachs tem 62% do capital da empresa, o equivalente a R$ 3,1 bilhões ao preço de tela.
Se o tamanho da oferta for confirmado, ela equivalerá a 20% da posição da Goldman, mas a Oncoclínicas também considera fazer uma pequena parte primária para financiar seu capex sem aumentar a alavancagem.
A ação cai 8% no início da tarde, com o mercado operando até agora sem visibilidade sobre o tamanho da operação. O giro projetado para o dia é de R$ 45 milhões.
Mesmo depois da queda de hoje, a ação dobrou nos últimos doze meses, com a companhia melhorando sua margem EBITDA capturando sinergias de aquisições e aumentando seu lucro por conta de uma reestruturação societária.
A Goldman parece estar aproveitando este momentum operacional para iniciar a saída do investimento que fez em 2015.
Segundo as fontes a par do assunto, a Goldman e o CEO Bruno Ferrari ainda não bateram o martelo sobre a transação, e são sensíveis a preço.
“A Goldman não está com pressa. Mas todos os envolvidos têm interesse em aumentar a liquidez do papel,” disse uma fonte.
Mas depois que a possibilidade da operação se tornou pública, quando a decisão for tomada, o incentivo é fazer a oferta o mais cedo possível.