A Log Commercial Properties acaba de anunciar um novo programa de recompra de 5 milhões de ações – o equivalente a 5,4% do capital da companhia. 

O anúncio ocorre 12 dias após a Log ter iniciado um outro programa para recomprar 4,5 milhões de ações em 18 meses – e que já foi finalizado. 

Segundo uma fonte próxima à empresa, essa recompra foi mais rápida para atender a necessidade da Starwood Capital de diminuir sua posição para dar saída a um de seus fundos.10602 a620d2ef 00a0 0ba8 605d a3b274b686fa

“Caso a Starwood continue vendendo, é possível que esse novo programa também seja rápido,” disse essa fonte. 

A Starwood, de Barry Sternlicht – um veterano investidor imobiliário nos EUA – começou a investir na Log em 2011 e chegou a ter 33% do capital da companhia. Na última recompra, diminuiu sua fatia de 15% para 11,53%. A família Menin é o maior acionista da companhia com 37,8% do capital.

As 4,5 milhões de ações recompradas foram canceladas, reduzindo o total de ações da Log para 92,6 milhões.

A Log vem fazendo programas de recompra desde 2022, período em que a empresa já comprou (e cancelou) 15% dos papéis. 

Isso acontece, segundo a fonte próxima à companhia, porque a ação da Log continua negociando a 40% de seu valor patrimonial líquido (NAV).

“O papel está negociando a R$ 23 e a Log está vendendo imóveis a um valuation de R$ 37, ou seja, 100% do NAV. É meio óbvio que ela vai recomprar,” disse essa fonte.

10988 7060b0c5 939d 6eb3 777d b40a2c4663aaNeste ano, a Log já vendeu R$ 629 milhões em ativos. Em abril, um fundo imobiliário do BTG pagou R$ 509 milhões por dois galpões em Betim e Salvador, e na semana passada um FII do Inter comprou galpões em Guarulhos e em Viana (ES) por R$ 120 milhões. 

A empresa tem dito a investidores que a meta é fazer vendas de R$ 850 milhões em 2024 – exatamente o capex previsto para este ano. 

Com isso, os investimentos não afetariam em nada a alavancagem da companhia, que terminou o primeiro tri em 0,8x – contra 2,8x no mesmo período de 2023. 

A ação da Log sobe 6,9% nos últimos 12 meses. A empresa vale R$ 2,4 bilhões na B3.