O Bradesco BBI elevou sua recomendação para as Lojas Quero-Quero de ‘neutro’ para ‘compra’ — citando uma expectativa de recuperação da receita nos próximos 24 meses e ganhos de market share impulsionados pelo modelo de loja única e uma execução sólida do plano estratégico.
O banco aumentou o preço-alvo da ação de R$ 6 para R$ 7, um upside potencial de cerca de 25% sobre o preço de tela. Por volta das 14h, a ação negocia em queda de 1% – em meio a um mercado em baixa – cotada a R$ 5,55.
O analista Felipe Cassimiro nota que o desempenho abaixo do esperado do setor de material de construção prejudicou o fluxo de caixa da empresa e freou a expansão das lojas. “No entanto, acreditamos que a empresa deve ser capaz de se recuperar com as taxas de juros mais baixas, pois há um amplo espaço para crescer e um modelo de negócio relativamente simples.”
Por atuar em cidades pequenas e médias do Sul e Sudeste, a Quero-Quero acabou impactada por dois anos de secas que afetaram o poder de compra de consumidores que dependem do agronegócio.
A empresa oferece serviços de primeira linha e uma ampla variedade de produtos (incluindo serviços financeiros), mantendo a preferência dos clientes mesmo com preços mais altos – o que permite uma margem bruta, em média, de 4 pontos porcentuais acima dos concorrentes globais.
No valuation atual, a ação negocia a um múltiplo de 4,5x EV/EBITDA estimado para 2025. O Bradesco estima um crescimento de 40% do EBITDA para o período de 2024 a 2027 e um um aumento de 12 pontos percentuais no ROIC até 2027.
A Quero-Quero vale R$ 1 bilhão na Bolsa.