A WPP acaba de anunciar diversos movimentos estratégicos envolvendo o Brasil e seu portfólio global de agências de relações públicas.
A gigante global de publicidade está comprando os 30% que ainda não detinha no Grupo Ideal H+K, que foi fundado pelos jornalistas Ricardo Cesar e Eduardo Vieira em 2007. A WPP já havia adquirido o controle em 2015, e a venda da fatia restante estava prevista no acordo.
Mas, no primeiro movimento deste tipo, a WPP disse que vai transformar a Ideal numa marca global de seu portfólio – com foco em atender empresas de tecnologia e inovação – e nomeou Ricardo Cesar como CEO global.
A Ideal vai começar a operar no Brasil, México, EUA e Europa, e deve buscar outros mercados no futuro. No Brasil, a empresa tem uma carteira de cerca de 100 clientes – incluindo Uber, Airbnb, Meta/Facebook e Embraer – e faturou cerca de R$ 80 milhões ano passado, segundo o Anuário da Comunicação Corporativa publicado pela Mega Brasil.
É a primeira vez que a WPP – que também detém a Máquina da Notícia e a BCW no Brasil – transforma uma de suas marcas locais de PR numa marca global do portfólio.
E, apesar de várias empresas de PR brasileiras já terem sido compradas total ou parcialmente por grandes holdings – que tipicamente mantêm a marca adquirida no Brasil após a aquisição – é a primeira vez que se tem notícia de uma marca brasileira de PR tornando-se uma plataforma internacional.
Como parte da transação, a WPP está tirando a marca Hill+Knowlton – mais conhecida como H+K – do guarda-chuva do Grupo Ideal e lhe devolvendo uma dinâmica própria.
A H+K está comprando o JeffreyGroup, uma agência com presença no Brasil, Argentina, México e Miami, e clientes como Bayer, Tetra Pak, American Airlines e Marriott. No Brasil, o Jeffrey faturou estimados R$ 48 milhões ano passado.
A marca do JeffreyGroup será mantida, e o CEO da companhia, Brian Burlingame, será o CEO da H+K na América Latina.