Um dos acionistas controladores da Vivara vendeu hoje 3% da empresa num block trade que movimentou R$ 150 milhões – o equivalente a seis dias de negociação do papel.
O bloco de 7.075.000 ações saiu a R $ 21,66, um desconto de 2,4% em relação ao fechamento de ontem do papel – e foi absorvido de forma pulverizada entre 8 e 10 investidores. O papel negociou para cima depois que o bloco passou, e sai agora a R$ 22,23.
O Itaú BBA deu garantia firme e executou a transação.
O bloco é o primeiro desde que a Vivara anunciou em outubro mudanças em seu acordo de acionistas que liberaram 13,2% do capital da companhia para ser vendido no mercado.
O novo acordo reduziu as ações vinculadas ao acordo de acionistas de 57,9% para 39,7%.
O vendedor de hoje muito provavelmente foi Marcio Kaufman – filho do fundador Nelson Kaufman e ex-CEO da companhia. Com as mudanças de outubro, Marcio passou a ter 12,25% do capital da companhia livres para a venda, e continuou com outros 2% vinculados ao acordo de acionistas. Sua irmã, Marina Kaufman, teve 0,75% do capital desvinculado do acordo, e o CEO Paulo Kruglensky, 0,2%.
O bloco vem três dias depois da Vivara reportar seu quarto tri, e impõe ao vendedor um lockup de 60 dias antes de uma próxima venda.
Desde o início do ano, o papel da Vivara cai apenas 0,76% – uma performance muito mais resiliente que outros nomes do varejo como Lojas Renner (-15%), Grupo Soma e Arezzo&Co (-18,8% cada).