A Vamos acaba de lançar um follow-on que deve movimentar R$ 1,5 bilhão com a venda de 118 milhões de ações.
Boa parte da oferta — R$ 1 bi — será primária, com o dinheiro entrando no caixa da companhia para bancar seu crescimento orgânico, com a compra de caminhões e máquinas para locação.
Outra parte indeterminada dos recursos deve ajudar a reduzir a dívida líquida da companhia, que fechou o primeiro trimestre em R$ 7,2 bilhões, uma alavancagem de 3,2x EBITDA.
Para efeito de comparação: o R$ 1 bi da oferta permitiria que a Vamos comprasse cerca de 1,3 mil novos caminhões, considerando um preço médio de R$ 800 mil por caminhão. Hoje, a companhia tem uma frota de 35,5 mil caminhões e 9,5 mil máquinas e equipamentos.
O restante da oferta será secundária, com a Simpar reduzindo sua participação na empresa de 68% para cerca de 60% do capital.
Para a Simpar — a holding do empresário Fernando Simões que também controla a Movida, JSL e Automob — os recursos também vão ajudar a reduzir sua alavancagem, que fechou em 3,7x o EBITDA no primeiro tri.
A oferta — que será precificada na quarta que vem — vem nove meses depois da Vamos levantar outros R$ 640 milhões num follow-on que saiu a R$ 13,25, e que também tinha o objetivo de bancar o crescimento orgânico da companhia.
Com a queda de 5% hoje, o papel negocia ao redor de R$ 12.
Os coordenadores são BTG Pactual (líder), XP, Itaú BBA, Bradesco BBI, Santander, JP Morgan, UBS BB, Citi, Morgan Stanley e Safra.