Com a correção da Bolsa nos EUA, a Goldman está sugerindo que os investidores coloquem dinheiro em papéis “isolados de drivers temáticos” a temas como crescimento econômico, risco comercial (tarifário) e inteligência artificial.
Em meio ao aumento da volatilidade, os estrategistas da Goldman criaram o ‘Insensitive Portfolio,’ uma carteira com papéis do índice Russell 1.000 que demonstraram recentemente a menor sensibilidade – positiva ou negativa – em relação a estes temas.
Em resumo: uma carteira para aproveitar os valuations mais atraentes depois da correção das últimas semanas, fugindo das techs mais voláteis e de papéis mais expostos à guerra tarifária da Casa Branca.
A lista de ações mais ‘insensíveis’ a trades temáticos inclui nomes como Bank of New York Mellon, State Street, HP e Gilead Sciences.
O banco também fez uma lista de empresas com histórico de crescimento estável e menos sujeitas a sentir o baque se houver uma freada severa na economia. Entre elas estão a Domino’s Pizza, Waste Management e Home Depot.
Desde seu pico em 19 de fevereiro, o índice S&P 500 caiu 9%. Segundo a Goldman, é um drawdown similar à mediana de correções ocorridas desde 1980, que é de 10%.
Historicamente, investidores que compram o S&P 500 depois de uma queda de 10% obtiveram um retorno positivo nos seis meses subsequentes em 76% das 21 vezes em que isso aconteceu nos últimos 45 anos.
“O maior risco adiante é uma grande deterioração na economia,” disseram os estrategistas da Goldman.
Desde a Segunda Guerra Mundial, o declínio mediano do S&P 500 durante as recessões foi de 24%.
Mas para a Goldman, recessão não é o cenário-base. “Nossos economistas estimam em 20% a probabilidade de uma recessão nos próximos 12 meses.”